Autor do
hit ‘Ela é top’, o funkeiro curte a fase de sucesso, se prepara para lançar
nova música e diz que avó sonha vê-lo cantando canções gospel.
Um caso de amor com o funk. Assim pode ser definida a relação de Wallace
Santos Ramos, 30 anos, o MC BOLA, autor do hit “Ela é top” – aquele dos
versos “ela não anda/ ela desfila/ ela é top/ capa de revista...”. É que desde
os 16 anos ele frequentava baile funk em Santos, litoral de São Paulo - onde
mora até hoje -, mesmo contrariando os apelos da mãe, que ficava com medo das
temidas brigas de galera, típicas dos bailes da década de 1990.
“Naquela época, o forte era o funk. Sempre gostei de rimar com os amigos,
ia para o baile, e até tive uma dupla de funk, Marcio e Goró, nos moldes de
Claudinho e Buchecha, que durou dez anos”, lembra.
Mas foi só no ano passado que a coisa começou a mudar. Já em carreira
solo, Bola lembra que estava passando por uma fase meio sem inspiração. Foi
para igreja, pediu inspiração para compor algo que não fosse apelativo e que
pudesse dar certo e, logo depois, começou a reparar na crescente mania das
jovens em postar no Facebook fotos tiradas em frente ao espelho. Daí surgiu a
ideia para a canção.
'Geladeira
estava derrubada'
“'Ela é top' foi um milagre de Deus. Mudou a minha vida”, diz ele, que hoje faz uma média de 40 shows por mês, diz ele, antes de relembrar o que fez com o dinheiro do primeiro cachê: comprou uma geladeira nova para a mãe, dona Norma. “Precisava muito. A geladeira lá de casa estava derrubada. Aliás, essa é a melhor coisa de trabalhar com o que gosto: dar coisas para quem eu amo”, afirma ele, com orgulho.
“'Ela é top' foi um milagre de Deus. Mudou a minha vida”, diz ele, que hoje faz uma média de 40 shows por mês, diz ele, antes de relembrar o que fez com o dinheiro do primeiro cachê: comprou uma geladeira nova para a mãe, dona Norma. “Precisava muito. A geladeira lá de casa estava derrubada. Aliás, essa é a melhor coisa de trabalhar com o que gosto: dar coisas para quem eu amo”, afirma ele, com orgulho.
Bola diz que
ainda não tem a dimensão exata do sucesso que faz, que sua ficha só cai quando
se encontra com ídolos como Xuxa, e que fica com vergonha quando
ouve a música no comercial de uma loja de departamentos na TV.
“Sou tímido. Fico com vergonha e não acredito que sou eu”, admite ele, que não
quer ser cantor de uma música só. Por conta disso, Bola já está lançando
“Soltinha” uma parceria sua com Mister Catra
Evangélico,
ele diz que pretende continuar seguindo a mesma linha, sem letras apelativas, e
acha que no futuro pode realizar o sonho da avó, Leontina, que adoraria vê-lo
cantando músicas gospel. “Não costumo fazer planos. Entrego na mão de Deus e
vou. No momento, não penso muito nisso, curto muito o que faço”, comemora.
vlw. !!